A bursa é uma membrana com líquido interno; uma estrutura que se assemelha a uma bolsa de água. O principal objetivo das bursas é reduzir o atrito entre partes do corpo humano, facilitando o “deslize” entre áreas. Por isso é fácil encontrá-las em locais de articulações – que sempre estão em contato com outros tecidos, como joelho, ombros e cotovelos. Elas são o “óleo” que ajuda as “dobradiças” a funcionarem corretamente.
A bursite é a inflamação da bursa por alguma razão. No cotovelo, ela está localizada acima do osso olécrano, bem na região que utilizamos para apoiar os cotovelos na mesa. Daí surge a Bursite Olecraniana, ou seja, a inflamação da bursa do cotovelo, na região do osso olécrano, na área de dobra/ponta.
Causas e motivos
A bursite pode acontecer por diversas razões. Entre elas estão o trauma (batida), esforço repetitivo (mesmo movimento realizado diversas vezes) e até pelo fato de o cotovelo permanecer horas apoiado na mesma posição, tendo peso exercido sobre a região onde fica a bursa. A inflamação também pode acontecer por conta de condições associadas, como reumatismo.
Principais sintomas
Os sinais mais frequentes da bursite no cotovelo são a vermelhidão e o inchaço na região (o cotovelo fica com uma “bolinha” na ponta). Na fase aguda, o paciente pode ter também dor na região, mas o mais comum é que não haja dor. Alguns casos tornam-se crônicos por conta dos movimentos repetitivos, por exemplo.
O diagnóstico
Para constatar o diagnóstico e iniciar o tratamento é preciso visitar um ortopedista especialista em cotovelo. O médico irá avaliar a região em um exame clínico, além de entender como o cotovelo é utilizado e afetado no dia a dia do paciente. O profissional também pode solicitar exames de imagem para ajudar a confirmar a bursite.
O tratamento
Após o diagnóstico de Bursite Olecraniana, o mais comum é que o paciente passe para o tratamento conservador, aquele que não conta com cirurgia. Nos casos agudos mais simples, a condição pode ser tratada com compressas de gelo, uso de medicamentos e retirada do líquido que se acumula no local. Também é importante evitar crises futuras, mudando o comportamento diário relacionado ao membro (por exemplo, não ficar muito tempo com o cotovelo apoiado em superfícies duras).
Realizado com menos frequência, existe também o tratamento cirúrgico que retira a bursa e evita futuros episódios de inflamação. Importante frisar que essa retirada não causa limitações ao paciente.
Nos casos tratados com cirurgia, é preciso cumprir o pós-operatório e seguir com fisioterapia e ganho de força.