Sabe quando você tem uma câimbra na batata da perna e ocorre a sensação de que o músculo está se contraindo e enrijecendo? Como se alguém estivesse torcendo o músculo? Isso é uma contratura: um movimento anormal e involuntário.
Na contratura de Dupuytren ou moléstia de Dupuytren (como também é conhecida), acontece essa contração involuntária e o espessamento (engrossamento) de regiões que ficam na palma da mão, a chamada fáscia palmar que nada mais é do que um tecido que existe no corpo humano. Ela também pode afetar os dedos, se estendendo da palma até eles.
Nessa condição se desenvolvem nódulos e cordas que dão a sensação de que existe um tecido ‘a mais’ na mão, sempre rígido e contraído.
Os principais sintomas da contratura de Dupuytren são essa presença de nódulos e cordas a contração dos dedos (especialmente o anelar e o dedo mindinho). Eles podem chegar até a permanecer completamente dobrados e encostados na palma da mão. A textura da pele também fica alterada, como se tivesse mais enrugada.
Além desses sinais é comum também que o paciente que apresenta a moléstia de Dupuytren tenha dificuldade em permanecer com a mão completamente aberta e esticada.
As causas da condição não são 100% conhecidas, mas se sabe que existe um fator hereditário e que os homens são mais acometidos pela contratura de Dupuytren do que as mulheres. Também é possível observar que ela aparece com mais frequência em pessoas com diabetes, doenças do fígado, epilepsia e alcoolismo.
O diagnóstico é realizado por um ortopedista de mão em exame clínico, ou seja, não costuma ser necessário realizar exames de imagem ou outros complementares. O que o ortopedista especialista em mão pode fazer é realizar exames para garantir que o diagnóstico não é de alguma doença/condição com sintomas semelhantes.
O tratamento da contratura de Dupuytren varia de caso para caso. Nos mais simples é comum que o paciente tome medicamentos para dor e anti-inflamatórios, inclusive recebendo infeções de corticoides no local. A fisioterapia é outra grande aliada do tratamento conservador.
Os casos mais avançados podem receber indicação de cirurgia para remover os nódulos e cordas. As técnicas mais utilizadas são a fasciectomia e a fasciotomia por agulha. Existe a chance de mesmo com a cirurgia, ocorrer o retorno da contratura de Dupuytren.